2.1.07

Evaluacion docente, cuestion docente - Rosa Maria Torres

Escribió Patricia Arregui:
>Sobre el PLANCAD, dicho sea de paso, no es posible decir que "no sirvió" -- es muy posible que lo que se >hizo, pese a su escala y ambición, fuera realmente insuficiente en intensidad. Mirando las cifras >recientemente publicadas por Guillermo Sánchez Moreno al respecto, parecería que, en promedio, los >maestros peruanos tuvieron UNA oportunidad de capacitarse durante algunas semanas (2-3), con algún >seguimiento y refuerzo durante un año, en un período de 10 años. Con quince días, puede acaso esperarse >que cambien prácticas asimiladas durante los doce años de su propia escolaridad y durante los cinco años >que pasaron en instituciones de formación docente de mala calidad la gran mayoría de los maestros >peruanos? Más bien urgiría analizar más a fondo la información disponible de esa experiencia para identificar >a las instituciones y personas que demostraron ser buenos capacitadores y armar cuadros que puedan >liderar futuros esfuerzos en ese terreno.

Patricia, lo que digo es que cualquier "solución" que no sea integral, que pretenda resolver el "problema docente" a partir de una sola dimensión - ya sea incremento salarial o formación/capacitacion (inicial y/oen servicio) - en verdad no es solución, PLANCAD o cualquier otro programa en cualquier otro país.

El asunto no se resuelve con 2, 3, 4, 5 semanas o meses de una capacitacion (en servicio) a la que se confia resuelva muchos problemas de arrastre, no solo una mala formacion inicial sino una deficiente educacion general de la poblacion así como limitaciones de contexto economico-social del cual proviene la mayoria de maestros hoy. El mal maestro empieza mal formándose en la mala escuela pública a la que luego sirve. Y en la mala formacion inicial que no ha cambiado y que no selecciona a quienes entran al magisterio.

Mientras no se dén señales claras de que la docencia es un oficio valorado socialmente (por ende tambien en términos de remuneraciones, condiciones de trabajo, estatus), el circulo vicioso continuará reproduciéndose.

¿Qué pais y gobierno en la actualidad, en esta region, está tomándose en serio - es decir, integralmente, estructuralmente - la cuestión docente?

Saludos,
Rosa Maria Torres
www.fronesis.org

3 comentarios:

Rosa María Torres del Castillo dijo...

Prezados colegas. Creio que estamos no âmago de uma discussão
fundamental - a questão do professor. Concordo que ela não se resolve
pontualmente, tocando na questão salarial ou na capacitação mas ela
representa um connjunto de fatores que envolve a escola como um todo. Desde o
conceito de curriculo (dimensões, conteúdos,etc.) jornada escolar
(duração) formas de acompanhamento, avaliação,etc.e dentro disso entra
o professor.Em verdade, a partir do que observo no Brasil, temos a
pretensão de exigir tudo do professor pensando que a questão salarial
resolve todas as dificuldades. que proventura ele apresente.Por exemplo,
com que equipe uma escola conta habitualmente para trabalhar com os
alunos da escola básica? Estamos contemplando adequadamente as várias
dimensões do processo formativo que almejamos para os nossos alunos ? Em
realidade, a visão economicista continua como sujeito oculto (talvez
nem tanto) das decisões que os administradores tomam, visando sempre
conformar a lógica da educação ao orçamento disponível.
Abraços.
Walter García

Rosa María Torres del Castillo dijo...

Walter, v. tem razão: o Brasil tem investido em materiais
educacionais e infraestrutura , mas acumulou uma dívida enorme em relação às pessoas que usam esses recursos e sem as quais eles não tem impacto sobre a aprendizagem. O CECIP está atualmente apoiando 11 escolas de São Cetano do
Sul em seus esforços de mudança , e a maior queixa das lideranças
educacionais ( diretores, coordenadores, supervisores) não é o baixo salário, mas o excesso de demandas vindas de diferentes órgãos da Secretaria e que precisam ser respondidas em tempo record, a rotatividade dos docentes e gestores impedindo a consolidação das equipes, a falta de tempo para que os professores possam dialogar, consolidando
aprendizagens profissionais, criando elos entre teoria e prática,
Você viu os resultados da pesquisa do INEP que apontou a desmotivação dos alunos como a principal causa do abandono da escola por parte de adolescentes entre 15 e 17 anos? Quais suas reflexões sobre isso ?

Abçs, Madza Ednir

Rosa María Torres del Castillo dijo...

Madza e colegas.
Concordo com tua leitura do que se passa hoje em nossas escolas.Creio que o CECIP representa hoje um oasis neste pântano pedagógico em que estamos envolvidos. O salário não pode ser desprezado mas o trabalho do professor não pode ser reduzido a cifras que se compram segundo as óticas dominantes em certos ambientes.
Abraço.
Walter Garcia.